28.7.25

Aves da nossa Sicó!

Quem tem a felicidade de poder fazer trabalho de campo, tal como os geógrafos o podem fazer, sabe que é algo de extraordinário, já que podemos andar fora do escritório a sentir o território e observar tudo o que há de maravilhoso para ver. E quanto mais andarmos, mais vemos. 

Este comentário serve para destacar as aves que tenho visto, umas pequenas e difíceis de ver, outras grandes e fáceis de ver. Nos últimos tempos tenho visto de tudo e ficado maravilhado. Há alguns episódios que mais tarde irei destacar, já que nunca tinha visto tal coisa, maravilhosa!

Depois de anos onde alguns caçadores sem escrúpulos abatiam tudo o que voava e onde águias, milhafres e outros quase desapareceram, estas têm recuperado a olhos vistos. Ter esquilos para caçar também tem ajudado à recuperação, pois o alimento é fundamental. E os esquilos estão bem espalhados por aí.



 

23.7.25

Vamos contar os anéis desta árvore?

Há uns dias passei pela Mata Municipal de Ansião num dos meus passeios a pé. É um espaço que me diz muito, especialmente pelos tempos de escola, onde tínhamos um recreio e bolotas para mandar para o pessoal que estava na escola a mandar de volta as mesmas. Ou os medronhos que comíamos... Ou os abelhões dos quais fugíamos depois de os chatear nos buracos dos carvalhos. Bela infância!

Neste dia que ali passei vi que um dos pinheiros antigos tinha sido cortado, muito provavelmente por ter chegado ao fim de linha. Quando passam a ser uma ameaça, não há alternativa ao corte. Parei em frente ao mesmo e comecei a contar os anéis do que restava do tronco. Cada anel corresponde a um ano de crescimento e contando os mesmos temos, no final, a idade da árvore. Chama-se a esta ciência dendrocronologia e é incrível perceber a idade das árvores desta forma. Se repararem, há anéis mais estreitos e outros mais largos, isso significa que foram anos mais frios ou mais quentes respectivamente. Não foi fácil contar todos os anéis, já que alguns ficaram quase imperceptíveis devido ao corte, contudo deu para perceber que o pinheiro tinha entre 85 a 95 anos. 

Passem pela Mata Municipal e antes de começarem a descer para a piscina vejam do nosso lado direito, que está lá e podem observar estes pormenores com atenção. E cuidado, que se mexerem ficam com a mão cheia de resina! Levem os vossos filhos para ver estes pormenores, pois nem sempre é fácil mostrar isto aos pequenos. Educar é fundamental!



 

19.7.25

Não nos resignemos, resinemos!


Aos poucos a resinagem vai recuperando, mesmo que ainda seja incipiente. Palmilhar o território permite-nos constatar o estado das coisas e fazer uma análise muito completa.

Lembro-me bem dos tempos de infância, na década de 80, onde o pinhal tinha uma boa expressão na região de Sicó e a resinagem ainda tinha algum peso. Era comum ver este cenário e ir às serrações onde os pinheiros eram cortados para tábuas. O cheiro era inesquecível. Depois veio a praga do eucalipto e foi o que é conhecido, destruição da floresta e prol de uma monocultura destruidora de tudo, solos, biodiversidade e que potenciou a piromania e a preguiça de cuidar dos terrenos. 

Temos de reduzir a área de eucaliptal. Plantar pinhal é uma ajuda. Resina, madeira, pinhas, etc. Porque a floresta faz-se de diversidade, não da monocultura do eucalipto!



 

15.7.25

Gosto destes!


Não devem ter muito tempo, pois não me lembro de os ver. Falo, claro destes belos estacionamentos para bicicletas, localizados ao lado do edifício do Município de Pombal. É este o sistema correcto e tem ali um excelente pormenor que retrata um elemento identitário, o Castelo. Simples, correcto e um bom postal para quem ali passa e usa a bicicleta. A última vez que aqui falei de estacionamentos para bicicleta foi há umas semanas, também em Pombal, num caso onde o sistema usado não é de todo o ideal nem o correcto, daí ser importante agora mostrar um bom exemplo do que se pode e deve fazer, ou seja o sistema correcto e dar-lhe um toque estético para ajudar no marketing territorial. 



 

10.7.25

Os coretos de Sicó!

São ainda uma marca de muitas praças de Sicó e não só. Falo, claro, dos coretos. Este situa-se em Pombal, mesmo no centro e num local de grande visibilidade. 

Há poucos anos houve um festival no qual os coretos eram a "desculpa" para um evento muito engraçado, o qual valorizou os coretos de algumas localidades. Desde então não sei se voltou a haver tal evento.

Este comentário visa relembrar que os coretos existem e recomendam-se, sabendo também que podemos e devemos desfrutar dos mesmos. Porque os coretos também são património.

Se houver por aí algum historiador ou outro profissional com conhecimento desta temática e que queira partilhar connosco algo, estejam à vontade nos comentários. Porque não se trata apenas de partilhar algo, mas sim de aprendermos todos. algo mais sobre o património. E eu tenho aprendido bastante com o azinheiragate e com as interacções que tenho tido ao longo destes 17 anos!