11.12.25

Queimar plásticos é algo digno do homem das cavernas!


É uma triste realidade que já conhecia, mas que pensei que em pleno século XXI não tivesse tantos adeptos. Falo, claro, da queima de plásticos, pneus e afins nos quintais. Sim, acontece a uma escala muito maior do que eu pensava, mesmo apesar de ser uma prática do tipo medieval, no mau sentido. O que é que esta gente tem na cabeça?! Eu a pensar que o grau de civilidade na minha região era grande e afinal é a triste realidade que se vê em tanto quintal... Será que tenho de trocar estes textos por um "uga buga" para quem faz isto perceber que isto é grave e os prejudica?

 

7.12.25

Simbiose biomurada


Simbiose biomurada foi a expressão mais curiosa que achei para vos prender a atenção sobre esta extraordinária imagem, a qual ilustra um equilíbrio que se está a perder na nossa Sicó. Sim, por mais estranho que possa parecer a tecnocratas e iletrados no domínio ambiental, é não só possível bem como desejável este belo equilíbrio entre o tradicional muro de pedra seca e o arvoredo, neste caso a bela da oliveira. Cortar uma árvore para quê se isto é tão belo de se ver?! Cortar para quê se afinal não estorva?!
Quero mais muros de pedra seca, mais muros de pedra seca recuperados e mais árvores acompanhadas dos muros de pedra seca, sejam oliveiras, carvalhos, azinheiras, loureiros e outras autóctones!
No próximo ano irei organizar formações de construção e reconstrução de muros de pedra seca, portanto vão-se preparando para começarmos a mudar o paradigma também neste domínio!

 

4.12.25

A educação ambiental é fundamental!


Fonte imagem: Al-Baiaz

É algo que o tempo fez com que eu gostasse, ou seja o acto de comunicar. No início era, para mim, muito difícil estar nesta posição, de comunicador, já que, diga-se, é preciso algum à vontade e experiência, daí no início ser tão difícil. Mas os anos trataram de fazer com que o difícil fosse mais fácil, embora também começasse a perceber, de facto, o quanto importante é sabermos passar a mensagem e ser uma enorme responsabilidade, a posição de comunicador. Partilhar conhecimento é fundamental, daí eu dar tanta importância a esta tarefa. Já levo duas décadas como comunicador.

As últimas semanas têm sido interessantes e as próximas não serão diferentes. Primeiro tive a honra de estar na escola e sede da Al-Baiaz, para uma pequena e singela palestra sobre ciência, mais concretamente sobre património geomorfológico. Palestras como esta são para mim mais fáceis, já que o método científico nos facilita a tarefa de explicar os factos e ter um fio condutor para basear a palestra. E o público, culto no domínio patrimonial, ajudou.

Depois seguiram-se duas palestras sobre educação ambiental, mais concretamente sobre incêndios florestais e espécies autóctones. Um convite que me foi endereçado para duas palestras numa escola profissional no Norte do país, a EPATV, em Vila Verde. Porque prescindi de dois dias de trabalho e investi umas horas a preparar a apresentação? Simples, porque é determinante educar os mais novos para estas temáticas. E há poucos comunicadores em Portugal! Estas palestras são mais difíceis, já que são sempre públicos diferenciados (há diferenças substanciais entre turmas, entre escolas, entre regiões do país...) e isso traz dificuldades e puxa bastante por quem está na posição de comunicador. A minha estratégia tem sido, além de partilhar os factos, criar pontes com o público. É aqui que a experiência se nota, pois na hora conseguimos criar o enredo que nos permite conseguir passar eficazmente a mensagem e prender o público. Mas nunca é fácil conseguir criar na hora um elo com os elementos do público, de forma a criar mais interesse da sua parte.

Neste caso, e apesar de serem turmas diferentes de cursos diferentes, em dias diferentes e em locais diferentes (escola e pólo da escola), notei semelhanças, já que naquela região do país a ligação com a Natureza é maior, facto que se reflectiu no conhecimento dos alunos quando questionados sobre alguns pontos. Para mim é sempre uma aprendizagem que me valoriza mais, já que fico melhor preparado para passar a mensagem fundamental, a de quem temos de cuidar bem da nossa casa, o planeta Terra. Ter ajudado a hastear a bandeira da Eco-Escolas foi algo de novo para mim.

As próximas semanas não vão ser muito diferentes, pois terei mais duas palestras, uma em Lousada e outra num local muito especial que depois farei questão de aqui falar...




Fonte imagens: EPATV

 

26.11.25

Ler é um acto de poder!


De volta aos livros. Inicio com um livro muito importante nos dias de hoje em Portugal. O conhecimento é poder, portanto é a melhor ferramenta para usar contra aqueles que atentam contra a democracia e promovem o ódio. É um livro daqueles densos, que irá necessitar de uns dias de leituras para finalizar e que irei iniciar a leitura em poucas semanas. Livre do desacordo ortográfico, obviamente, pois não compro qualquer livro, jornal ou afim que padeça do desacordo ortográfico.

Prossigo com dois livros de uma colecção, da qual já tinha um, adquirido no mês passado e aqui destacado. Complementam bem a minha biblioteca num tema importante, a economia. 

Segue-se uma revista francesa que tenho acompanhado nos últimos meses e que é deveras interessante. Além disso ajuda a desenferrujar o meu francês, que tem ganho ferrugem nos últimos anos.

Finalizo com outra revista, a qual acompanho de forma regular e que sempre que vejo que é focada em temas que me interessam mais, adquiro. Gosto bastante desta revista porque, além de tudo o mais, mostra o que de melhor se faz e se imagina em projectos de todo o tipo por todo o mundo. E imaginem que regularmente surgem ali projectos vindos de Portugal. Consideramo-nos pequenos, mas só quem tem a mentalidade pequena e tacanha, pois quando queremos fazer e somos bons no que fazemos, somos capazes de  fazer mais e melhor do que os melhores lá de fora.

Não se esqueçam, leiam e deem a ler livros e revistas! Menos redes sociais, poluídas por conteúdos da treta e guiadas por algoritmos manipulados por gente sem ética e valores, mais livros impolutos e transformadores!


 

22.11.25

O mundo é pequeno, mas Ansião é grande!


O título deste comentário não é por acaso, mas passo a explicar. Há poucas semanas, aquando da minha ida a um congresso na Roménia, onde apresentei um poster sobre o trabalho que estou a desenvolver em Ansião, sobre inventariação do património geológico, registei este momento em que uma investigadora olhava atentamente para o meu poster.
É alguém que conheço pessoalmente já há alguns anos, desde que, em 2018, partilhei a mesa numa sessão científica, enquanto chair (uma honra que ainda hoje me alegra), neste mesmo congresso, que se realiza de 2 em 2 anos em países diferentes. Na altura foi na Polónia. Trata-se nada mais nada menos do que uma das maiores especialistas internacionais na área científica em causa (geoconservação e afins), daí ter ficado algo curioso sobre tanta atenção que ela estava a dar ao meu poster.
Minutos depois percebi porquê. Familiares dela tinham vivido em Penela e depois em Figueiró dos Vinhos já há uns anitos, daí ela reconhecer o nome de Ansião, onde também já esteve de passagem. O mundo é mesmo pequeno, mas Ansião é mesmo grande, tal como Sicó!